sábado, 24 de abril de 2010

NEURUECE em fase de conclusão do I Atlas Cearense de Neuroanatomia


Prometendo se tornar ferramenta indispensável ao estudo da Neuroanatomia para diversos estudantes de saúde, o I Atlas Cearense de Neuroanatomia, uma pareceria da Liga de Neurociências da UECE, da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará e do Serviço de Verificação de Óbitos de Fortaleza, tem seus trabalhos iniciais concluídos. Ao todo, foram mais 400 fotografias que tentaram contemplar toda a neuroanatomia de Sistema Nervoso Central.

Com um investimento inicial de recursos próprios, a NEURUECE envolveu todos os seus ligantes na produção das fotografias, além do auxílio de médico e técnicos do Serviço de Verificação de Óbitos de Fortaleza. O objetivo é que já se tenham algumas imagens para o início da disciplina de Neuroanatomia que iniciará a partir do dia 03 de maio de 2010.

O próximo passo, é a elaboração de uma pesquisa com todos os ligantes envolvidos sobre as concepções e as experiências obtidas com a elaboração do Atlas. O objetivo é apresentar a pesquisa no 48º Congresso Brasileiro de Educação Médica, em Goiânia.
Nos próximos meses, os ligantes iniciarão a seleção e o tratamento das imagens, passando a nomear as estruturas e adicionar os correlatos clínicos convenientes, totalizando, pelas expectativas iniciais, cerca de 70 imagens diferentes.

Vinho tinto pode proteger contra AVC


As sementes de uvas vermelhas ajudam a minimizar os danos causados por um derrame, segundo pesquisa feita pela Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos

Duas horas depois de alimentar ratos com uma modesta dose de resveratrol – polifenol encontrado nas sementes de uvas vermelhas -, cientistas da universidade induziram um derrame nos animais pela suspensão da passagem de sangue em seus cérebros. Com isso, descobriram que os animais que tinham ingerido o resveratrol sofreram significativamente menos danos no cérebro do que os que não tinham tomando o composto.

Segundo Sylvian Doré, professor de anestesiologia da Universidade, o estudo sugere que o resveratrol aumenta os níveis de uma enzima (heme oxigenase) já conhecida para proteger nervos das células do cérebro que sofreu dano. Quando acontece o derrame, o cérebro está pronto para se proteger por causa do nível elevado de enzimas.

Nos ratos que não têm a enzima, o estudo descobriu que o resveratrol não tem uma proteção efetiva e suas células cerebrais morreram depois do derrame.

“Nosso estudo aumenta a evidência de que o resveratrol pode potencialmente construir uma resistência no cérebro para casos de derrame”, afirma Doré.

Mas os pesquisadores alertam sobre o uso de suplementos de resveratrol disponíveis ao lado de vitaminas e minerais na internet promovendo benefícios, porque ainda não há clareza sobre seus benefícios. Até porque, segundo eles, vale lembrar que o vinho é uma bebida alcoólica, que se for ingerida com exagero, pode fazer mal a saúde.



Redação O Povo Online com informações do R7

terça-feira, 20 de abril de 2010

Ouvir Mozart o torna mais inteligente?


Você não se sente culto ao sintonizar a estação de música clássica no rádio ou na internet e ouvir uma ópera ou uma sinfonia de um grande compositor como Mozart? Baby Einstein, uma empresa que faz DVDs, vídeos e outros produtos para bebês incorporando arte, música e poesia clássica, é uma franquia de 1 milhão de dólares. Pais compram os produtos porque acreditam que a exposição à grande arte (como os DVDs e CDs Baby Mozart) pode ser bom para o desenvolvimento cognitivo de seus filhos. Há até CDs de música clássica criados para ser tocados durante a gravidez, para o feto em desenvolvimento. A ideia de que ouvir música clássica pode aumentar sua capacidade cerebral se tornou tão popular que foi apelidada de "O efeito Mozart". Então como esse mito começou?

Nos anos 1950, um médico de ouvido, garganta e nariz chamado Albert Tomatis começou a tendência, alegando que o uso da música de Mozart foi um sucesso para ajudar pessoas com distúrbios de fala e de audição. Nos anos 90, 36 estudantes em um estudo da Universidade da Califórnia em Irvine ouviram 10 minutos de uma sonata de Mozart antes de fazerem um teste de QI. De acordo com Gordon Shaw, o psicólogo encarregado do estudo, a pontuação dos estudantes subiu em torno de oito pontos. O efeito Mozart acabava de nascer.

Um músico chamado Dan Campbell registrou a frase e criou uma linha de livros e CDs baseados no conceito, e Estados como a Geórgia, a Flórida e o Tennessee separaram dinheiro para música clássica para bebês e outras crianças pequenas. Campbell e outros foram mais longe, afirmando que ouvir Mozart pode até melhorar a saúde das pessoas.

Contudo, o estudo da UC Irvine original foi controverso na comunidade científica. Frances Rauscher, pesquisador envolvido no estudo, declarou que eles nunca afirmaram que ouvir Mozart tornava as pessoas mais inteligentes; apenas que aumentava o desempenho em certas tarefas espaço-temporais. Outros cientistas foram incapazes de reproduzir os resultados originais, e não há atualmente nenhuma informação científica para provar que ouvir Mozart, ou qualquer música clássica, faz alguém ficar mais esperto. Rauscher até disse que o dinheiro gasto por aqueles Estados seria de mais utilidade em programas de música - há algumas evidências que mostram que aprender um instrumento melhora a concentração, a auto-confiança e a coordenação.

Mozart certamente não pode lhe fazer mal, e você até pode gostar dele se você tentar, mas não conseguirá ficar mais inteligente.


por Shanna Freeman - traduzido por HowStuffWorks Brasil

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Samsung diz que grávidas, idosos e embriagados não devem ver TV em 3D




Nova aposta das fabricantes do setor para se expandir, o uso dos televisores 3D (terceira dimensão) não é para qualquer um. Pelo menos é o que afirma a empresa sul-coreana Samsung, uma das primeiras a fabricar o produto.

Em seu alerta de segurança sobre o aparelho, ela afirma que idosos, grávidas, pessoas que sofrem de condições médicas graves, com privação de sono ou que estão sob influência de álcool não devem utilizar a função 3D do televisor.

A Samsung diz que o uso do 3D pode provocar ataques epilépticos em algumas pessoas, além de labirintite, fadiga visual e perda de estabilidade postural.

Alguns videogames, como o PlayStation, também fazem alertas para risco de epilepsia.

Para a médica Célia Roesler, integrante do departamento de cefaleia da Academia Brasileira de Neurologia, a preocupação com os idosos é que eles podem ter dor de cabeça, aumento da fadiga visual, tontura e náuseas. No caso de mulheres grávidas, os problemas mais comuns são de perda de equilíbrio.

A especialista recomenda que as pessoas, ao terminarem de assistir a um programa em 3D, não se levantem imediatamente e façam um "exercício" que consiste em olhar "um pouco para perto, um pouco para longe, como uma forma de adaptar a visão ao real".

De acordo com Roesler, caso a pessoa sinta algum desconforto ao ver programas com a nova tecnologia, ela deve tirar os óculos e descansar a vista por cerca de dez minutos. Caso os problemas persistam, a instrução é que a pessoa pare imediatamente de ver TV e procure um médico.

A médica diz ainda que há relatos de pessoas que descobriram que tinham problemas como miopia e astigmatismo após assistirem a programas em 3D.



*Publicado em: 16/04/2010

*Site: http://noticias.bol.uol.com.br/folhaonline/dinheiro/2010/04/16/samsung-diz-que-gravidas-idosos-e-embriagados-nao-devem-ver-tv-em-3d.jhtm

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Crianças com dor de cabeça têm mais problemas de comportamento




Crianças com queixas de dor de cabeça apresentam mais problemas de comportamento, como retraimento, reação emocional e agressividade, quando comparadas a um grupo de crianças sem essas queixas. De acordo com a pesquisa Dor, temperamento e problemas de comportamento em crianças com queixa de dor de cabeça, da psicóloga Luciana Leonetti Correia, estas crianças também apresentam reação de desconforto em relação à intensidade de som, luz e movimento, que podem aparecer nos primeiros meses de vida, sendo um importante potencial indicador de dor de cabeça em fases posteriores do desenvolvimento.

Luciana apresentou os resultados em sua tese de doutorado, defendida em março na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, sob a orientação da professora Maria Beatriz Martins Linhares. “A chance de a criança apresentar queixas de dor de cabeça é cerca de cinco vezes maior nas famílias cujas mães também apresentam essa dor”, revela a psicóloga que também participa como trainee internacional do grupo canadense “Dor na Saúde da Criança” (Pain in Child Health – PICH).

Foram avaliadas 75 crianças, cadastradas em Núcleos do Programa de Saúde da Família vinculados a FMRP na fase pré-escolar, com idade entre três e cinco anos. A queixa de dor de cabeça prevaleceu em 29% delas, de acordo com o relato materno. O objetivo foi investigar a relação entre dor de cabeça, temperamento e problemas de comportamento em crianças com idade pré-escolar, que eram procedentes da população geral, sem diagnóstico prévio de dor de cabeça. A amostra de crianças foi dividida em dois grupos: um que apresentou queixas de dor de cabeça e outro que não apresentou.

Comportamento

As crianças foram avaliadas com base em questionários validados, respondidos pelas mães biológicas, sobre indicadores de temperamento e comportamento da criança e queixas de dor de cabeça por parte delas e dos membros da família. Os dados foram submetidos à análise estatística, sendo realizada a comparação entre os dois grupos e a análise dos indicadores de risco que melhor explicavam a queixa da criança.

Quanto ao temperamento da criança, o grupo com queixa apresentou mais desconforto, que está relacionado a qualidades sensoriais de estimulação tais como intensidade de som, luz e movimento. “Esse desconforto aparece no início do desenvolvimento, podendo ser observado nos primeiros meses de idade. Como esse grupo apresentou média mais alta na dimensão ‘desconforto’, esse pode ser um importante indicador potencial de dor de cabeça em fases posteriores do desenvolvimento”, revela a pesquisadora.

Os resultados para problemas de comportamento forneceram indicadores potenciais de risco para psicopatologia da criança. As crianças comqueixas estão mais expostas para manifestarem problemas de comportamento, do tipo queixas somáticas, como retraimento e reação emocional, chamada de eixo internalizante pela literatura científica, e agressivo, chamado eixo externalizante, quando comparadas ao outro grupo, além de queixas de outras dores, como por exemplo, abdominal. Do total de crianças pesquisadas, a prevalência para queixas de dor abdominal foi de 15%. O estudo também encontrou associação entrequeixas de dor abdominal e de cabeça. “Isso indica a importância de se atentar para um conjunto de indicadores de dor. Além disso, outros estudos na literatura que investigam esta questão têm proposto que ambasqueixas podem fazer parte de uma única condição sintomatológica, que seria a ‘migrânea-abdominal’”, explica Luciana.

De mãe pra filho
A pesquisa descobriu também que na presença de dor de cabeça materna, do tipo enxaqueca,crianças apresentavam uma chance de quase cinco vezes mais a ter queixa de dor de cabeça, com relação à identificação e sintomas de dor de cabeça entre criança, mãe e outros membros da família. Segundo a autora, a prevalência de queixa pode estar associada comqueixas dessa dor na família, que pode ocorrer devido a fatores genéticos, como mostra a literatura, ou pela perspectiva da aprendizagem social, ou seja, por meio de modelos de dor que estão presentes no ambiente da família.

Segundo a orientadora do estudo, professora Maria Beatriz, esses resultados podem ter desdobramentos para programas na prevenção de risco em mães e crianças com queixa de dor de cabeça, no sentido de identificar outras dores associadas e reconhecer indicadores ou precursores de problemas ao longo do desenvolvimento de crianças. Por outro lado, torna-se também relevante rastrear preventivamente indicadores de dor de cabeça em filhos de mães que apresentam cefaléia.

Mais informações: (16) 3235-0377 com a pesquisadora ou (16) 3602.4610, com a professora Maria Beatriz.

domingo, 11 de abril de 2010

NEURUECE retoma período letivo


Atendendo ao calendário de atividades da Universidade Estadual do Ceará, a Liga de Neurociências da UECE retoma as atividades de 2010 com as energias redobradas. No dia 19 de abril, serão restabelecidas as atividades previstas de acordo com o planejamento do "Intensivão" realizado no último mês de março.

Certamente 2010 será um ano marcante para NEURUECE, que hoje conta com o maior número de atividades e orientadores entre as ligas UECEanas.

São atividades previstas para 2010:

* Seminários e palestras;
* Estágio Neurologia Clínica no HGF;
* Estágio em Neurocirurgia no Hospital Batista;
* Congresso Cearense de Neurologia e Neurocirurgia
* Pesquisas em AVC, Educação Médica, Dor, Tumores Cerebrais, Doppler Intra-operatório, Cirurgia Buco-Maxilo-Facial e Pressão Intracraniana;
* Congressos Brasileiros de Neurologia (Rio de Janeiro) e de Neurocirurgia;
* Publicação do Atlas de Neuroanatomia;
* Curso de Exame Neurológico;
* I Curso Cearense de Neurociências;e
* Monitorias de Neuroanatomia e Neurofisiologia.